As Mentiras do Liberalismo
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As Mentiras do Liberalismo
1. "O liberalismo significa mais escolha e melhores preços para o consumidor"
FALSO: Segundo o próprio dogma liberal, o liberalismo só pode funcionar se existir uma concorrência suficiente pelo lado da oferta (concorrência perfeita). No entanto, o que acontece na realidade é que o capitalismo liberal tende para a concentração e formação de monopólios que eliminam toda a concorrência, reduzindo as escolhas do consumidor e fazendo subir os preços (baixando a qualidade).
Na área dos serviços públicos como por exemplo a distribuição de água, o correio, ou os comboios, a sua privatização tem-se traduzido sempre num aumento dos custos para o utilizador, na redução da qualidade do serviço, e na redução dos investimentos na manutenção das infra-estruturas.
Em relação aos sistemas de reforma privados (fundos de pensões), consistem em privar os assalariados de toda a segurança, entregando-os à incerteza da gestão dos ditos fundos por organismos financeiros. Em caso de falência destes últimos, os assalariados ficam sem reforma apesar de terem cotizado durante anos, o que já aconteceu nos EUA em 2002 com a falência da Enron.
2. "O liberalismo é o jogo do mercado livre"
FALSO: Ainda segundo o dogma liberal, para que o mercado seja livre é necessário que seja transparente e que os consumidores disponham das mesmas informações que as empresas. Na realidade, devido a práticas opacas e de iniquidade no acesso à informação, o consumidor não pode escolher com conhecimento de causa.
3. "O crescimento cria emprego"
FALSO: O crescimento cria empregos num primeiro momento, mas serve sobretudo para financiar as "reestruturações" e as deslocalizações. Ao fim e ao cabo, destrói mais postos de emprego do que aqueles que cria.
4. "Só o mercado pode determinar o preço justo das matérias-primas, divisas ou das empresas"
FALSO: Os mercados são guiados essencialmente pela especulação e pela busca do maior lucro possível a curto prazo. As flutuações e variações do mercado são por vezes irracionais, excessivas, e submetidas a manipulação. Estas oscilações excessivas no mercado (bolsa) são destrutoras, provocam ruína e quebras na economia real. Mas ao mesmo tempo, estas variações são geradoras de lucros para os especuladores.
5. "A empresa cria riqueza. É a fonte da prosperidade dos países e dos seus habitantes"
FALSO: De maneira geral as empresas não criam riqueza porque o valor criado é inferior ao custo real dos recursos utilizados ou destruídos, se tomarmos em conta o custo ambiental e humano, assim como o custo real das matérias-primas renováveis.
O "lucro" das grandes empresas é conseguido na realidade em detrimento da natureza, pilhada pela exploração, a urbanização e a contaminação, ou "vampirizado" sobre outros factores económicos:
- sobre os assalariados, que serão despedidos para diminuir custos ou "aumentar a produtividade", que verão o seu salário e protecção social reduzidos;
- sobre os consumidores que pagarão mais por uma qualidade ou quantidade menor;
- sobre os fornecedores (em particular sobre os produtores de matérias-primas minerais ou agrícolas);
- sobre outras empresas que serão forçadas à falência mediante práticas desleais de concorrência, ou que são compradas para ser posteriormente desmanteladas, vendidas às partes, e cujos assalariados serão transformados em desempregados;
- sobre as populações do Terceiro Mundo que serão espoliadas das suas terras e dos seus recursos, e que serão reduzidas à escravatura, obrigadas a trabalhar em minas ou em "sweatshops" das empresas multinacionais, ou ainda pior, obrigadas a servir de cobaias para a indústria farmacêutica, ou a vender os seus órgãos (geralmente um rim ou um olho) que serão operados a doentes ricos (o preço pago por um rim vai de 20.000 dólares na Turquia até 800 dólares na Índia).
6. "A Globalização beneficia todos"
FALSO: Entre 1992 e 2002, o rendimento por habitante caiu em 81 países. No Terceiro Mundo, o número de pessoas "extremamente pobres" aumentou em mais de 100 milhões.
A diferença entre salários aumentou de forma impressionante. Tomemos o exemplo de uma operária de uma empresa asiática sub-contratada pela Disney, que fabrica roupa com o logótipo do Mickey para consumidores ocidentais. Esta operária trabalha numa "sweatshop", 14 horas por dia, 7 dias por semana, sem nenhuma protecção social, sem direito à greve, por um salário diário de 0,28 dólares. Ao mesmo tempo, o salário horário de um Gerente da Disney (PDG) é de 2.800 dólares, ou seja, 10.000 vezes mais.
As 225 pessoas mais ricas do mundo acumulam um património global de 1.000 biliões de dólares, equivalente ao rendimento anual dos 3 mil milhões de pessoas mais pobres do planeta, ou seja 47% da população mundial. A fortuna total das 84 pessoas mais ricas supera o produto interno bruto da China com os seus 1,2 mil milhões de habitantes.
Em 2002, 20% da população mundial absorve 80% das riquezas, possui mais de 80% dos carros em circulação e consome 60% da energia, enquanto que mil milhões dos habitantes mais pobres repartem 1% dos rendimentos mundiais.
FALSO: Segundo o próprio dogma liberal, o liberalismo só pode funcionar se existir uma concorrência suficiente pelo lado da oferta (concorrência perfeita). No entanto, o que acontece na realidade é que o capitalismo liberal tende para a concentração e formação de monopólios que eliminam toda a concorrência, reduzindo as escolhas do consumidor e fazendo subir os preços (baixando a qualidade).
Na área dos serviços públicos como por exemplo a distribuição de água, o correio, ou os comboios, a sua privatização tem-se traduzido sempre num aumento dos custos para o utilizador, na redução da qualidade do serviço, e na redução dos investimentos na manutenção das infra-estruturas.
Em relação aos sistemas de reforma privados (fundos de pensões), consistem em privar os assalariados de toda a segurança, entregando-os à incerteza da gestão dos ditos fundos por organismos financeiros. Em caso de falência destes últimos, os assalariados ficam sem reforma apesar de terem cotizado durante anos, o que já aconteceu nos EUA em 2002 com a falência da Enron.
2. "O liberalismo é o jogo do mercado livre"
FALSO: Ainda segundo o dogma liberal, para que o mercado seja livre é necessário que seja transparente e que os consumidores disponham das mesmas informações que as empresas. Na realidade, devido a práticas opacas e de iniquidade no acesso à informação, o consumidor não pode escolher com conhecimento de causa.
3. "O crescimento cria emprego"
FALSO: O crescimento cria empregos num primeiro momento, mas serve sobretudo para financiar as "reestruturações" e as deslocalizações. Ao fim e ao cabo, destrói mais postos de emprego do que aqueles que cria.
4. "Só o mercado pode determinar o preço justo das matérias-primas, divisas ou das empresas"
FALSO: Os mercados são guiados essencialmente pela especulação e pela busca do maior lucro possível a curto prazo. As flutuações e variações do mercado são por vezes irracionais, excessivas, e submetidas a manipulação. Estas oscilações excessivas no mercado (bolsa) são destrutoras, provocam ruína e quebras na economia real. Mas ao mesmo tempo, estas variações são geradoras de lucros para os especuladores.
5. "A empresa cria riqueza. É a fonte da prosperidade dos países e dos seus habitantes"
FALSO: De maneira geral as empresas não criam riqueza porque o valor criado é inferior ao custo real dos recursos utilizados ou destruídos, se tomarmos em conta o custo ambiental e humano, assim como o custo real das matérias-primas renováveis.
O "lucro" das grandes empresas é conseguido na realidade em detrimento da natureza, pilhada pela exploração, a urbanização e a contaminação, ou "vampirizado" sobre outros factores económicos:
- sobre os assalariados, que serão despedidos para diminuir custos ou "aumentar a produtividade", que verão o seu salário e protecção social reduzidos;
- sobre os consumidores que pagarão mais por uma qualidade ou quantidade menor;
- sobre os fornecedores (em particular sobre os produtores de matérias-primas minerais ou agrícolas);
- sobre outras empresas que serão forçadas à falência mediante práticas desleais de concorrência, ou que são compradas para ser posteriormente desmanteladas, vendidas às partes, e cujos assalariados serão transformados em desempregados;
- sobre as populações do Terceiro Mundo que serão espoliadas das suas terras e dos seus recursos, e que serão reduzidas à escravatura, obrigadas a trabalhar em minas ou em "sweatshops" das empresas multinacionais, ou ainda pior, obrigadas a servir de cobaias para a indústria farmacêutica, ou a vender os seus órgãos (geralmente um rim ou um olho) que serão operados a doentes ricos (o preço pago por um rim vai de 20.000 dólares na Turquia até 800 dólares na Índia).
6. "A Globalização beneficia todos"
FALSO: Entre 1992 e 2002, o rendimento por habitante caiu em 81 países. No Terceiro Mundo, o número de pessoas "extremamente pobres" aumentou em mais de 100 milhões.
A diferença entre salários aumentou de forma impressionante. Tomemos o exemplo de uma operária de uma empresa asiática sub-contratada pela Disney, que fabrica roupa com o logótipo do Mickey para consumidores ocidentais. Esta operária trabalha numa "sweatshop", 14 horas por dia, 7 dias por semana, sem nenhuma protecção social, sem direito à greve, por um salário diário de 0,28 dólares. Ao mesmo tempo, o salário horário de um Gerente da Disney (PDG) é de 2.800 dólares, ou seja, 10.000 vezes mais.
As 225 pessoas mais ricas do mundo acumulam um património global de 1.000 biliões de dólares, equivalente ao rendimento anual dos 3 mil milhões de pessoas mais pobres do planeta, ou seja 47% da população mundial. A fortuna total das 84 pessoas mais ricas supera o produto interno bruto da China com os seus 1,2 mil milhões de habitantes.
Em 2002, 20% da população mundial absorve 80% das riquezas, possui mais de 80% dos carros em circulação e consome 60% da energia, enquanto que mil milhões dos habitantes mais pobres repartem 1% dos rendimentos mundiais.
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